17.11.10

Paritosh Keval

Hoje vou escrever sobre um fato bastante significativo da minha vida: meu sannyas. Pode parecer incrível a vocês, mas sou realmente sannyasin. Certo dia, Osho olhou-me nos olhos fundos, colocou seu polegar em minha testa e disse-me: "You are contentment in aloneness... your name is Paritosh Keval." Significa Alegria em Solitude. Osho também me disse que esse nome nunca seria dado a mais ninguém. Estávamos em Poona. Mas agora estou aqui, ao lado do Oceano Atlântico, sem mapas e sem bússolas, sem pressa e sem medo, tomando vinho branco à luz da lua — e sendo apenas Paritosh Keval — nem mais, nem menos.

O que é um sannyasin?

Basicamente, o sannyasin é uma pessoa que vive em estado de alerta. Assim, a primeira qualidade de um sannyasin é uma completa abertura à experiência. Viver existencialmente é o seu fim. Com espontaneidade, simplicidade, naturalidade — e gostosura.

Ele vive criando alguma coisa. Uma poesia, um desenho, uma relação de amor, um sanduíche diferente, um blog, uma dança, uma canção. Tem um profundo senso de humor, e ri, entusiasmadamente. Não tem maldade no coração. Ele brinca e transa com a Vida. O sannyasin não é apenas livre: ele é a própria Liberdade.

Pode até viver só, mas nunca é solitário. Ama a Solitude — jamais a solidão. E o que o torna ainda mais feliz é a posibilidade aberta de relacionar-se livremente, em todos os sentidos, com qualquer pessoa — em qualquer lugar. Não há restrições à sua inocência e à sua pureza.

Ele vive saltando profundo...



Ficar louco é muito fácil; difícil é permanecer.